Há provas que estão tão ligadas a certos cenários que é impossível separar a corrida do chão por onde ela passa. A São Silvestre, por exemplo, perderia a sua alma se não largasse e terminasse na Avenida Paulista no último dia do ano. A Volta da Pampulha só pode ser, claro, ao redor do parque de Belo Horizonte. A Maratona do Rio sem passar pela orla seria apenas mais uma prova — em vez de ser um acontecimento do atletismo brasileiro.

Essa regra se aplica para a Dez Milhas Garoto, que chega à sua 32ª edição. Mais do que uma corrida, a prova tornou-se um dos principais eventos turísticos do Espírito Santo. Mais da metade dos atletas que participam da Dez Milhas vem de outros Estados. A estimativa é que o turismo gerado pelo evento movimente cerca de R$ 3 milhões.

O percurso muda um pouco todo ano, mas nada que altere a essência da prova. Em 2023, a corrida larga do bairro de Camburi, em Vitória, e ganha um trecho adicional na orla. De lá, os corredores seguem para a Terceira Ponte, passam diante do Convento da Penha e terminam a corrida em frente à fábrica da Garoto, no município vizinho de Vila Velha.

A Dez Milhas não tem fins lucrativos – todo o dinheiro arrecadado é reinvestido na prova. Isso garante kits recheados de guloseimas, preços mais camaradas do que a média e uma premiação de respeito para os atletas de elite. Em 2023, serão distribuídos R$ 200 mil aos vencedores de categoria, o que coloca a prova no pódio das que mais pagam prêmios no país.

No total, serão 14.700 vagas para competidores de todo o país, sendo 12 mil inscrições para a Dez Milhas Garoto. Além da prova principal, haverá competições para crianças a partir de 6 anos de idade, e uma “cachorrida”, disputada por atletas e seus pets.

A largada das Dez Milhas acontece no dia 24 de setembro, e os kits para a prova principal podem ser comprados a partir de R$ 99 – cachorrida e Garotada são mais baratos, a partir de R$ 45.

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