Itália anuncia microfones e câmeras para punir racistas – 23/05/2023 – Esporte

Itália anuncia microfones e câmeras para punir racistas – 23/05/2023 – Esporte


Autoridades do futebol italiano anunciaram que adotarão uma abordagem de “tolerância zero” com torcedores racistas. Será usada a tecnologia para ajudar a identificar os infratores e bani-los dos estádios, disse o chefe da Serie A, Luigi De Siervo, nesta terça-feira (23).

A questão das ofensas racistas contra jogadores está no topo da agenda do futebol europeu depois que Vinicius Junior, do Real Madrid, foi alvo durante uma partida de fim de semana contra o Valencia, na Espanha.

“Há nos estádios, como na sociedade, uma porcentagem de pessoas racistas”, disse o executivo da Serie A.

“Hoje, com tecnologia e microfones de estádio, eles podem ser ouvidos e podemos puni-los. É uma batalha, como um tumor, você deve removê-lo sistematicamente, mesmo que tenha recorrências”, acrescentou.

De Siervo afirmou que a Itália baniu cerca de 170 torcedores da Juventus depois que eles insultaram Romelu Lukaku, da Inter de Milão, durante uma semifinal da Copa da Itália no mês passado, chamando isso de um exemplo do “caminho para a tolerância zero” para racistas.

O governo italiano anunciou que investirá 10 milhões de euros (R$ 53,5 milhões) para promover a Série A no exterior, usando o patrocínio para apoiar sua própria campanha de exportação “Made in Italy”, disse De Siervo.

A Série A ficou atrás da Premier League inglesa e da LaLiga espanhola em termos de força e visibilidade, e o futebol italiano tem lutado contra a violência dos torcedores e outros escândalos.

A Juventus, o clube mais bem-sucedido do futebol italiano, perdeu 10 pontos nesta segunda-feira como parte de uma das investigações sobre a contabilidade do clube.

Mas De Siervo disse que o investimento de fundos estrangeiros nos últimos anos mostrou que a Serie A está voltando, com a presença de clubes italianos nas três principais finais europeias nesta temporada, reforçando a recuperação.

Ele disse que o caso da Juventus, relacionado à contabilidade das transferências, mostra que a Itália está lidando com um problema que afeta todo o setor.

“Somos o único país maduro que olha para o problema e tenta resolvê-lo para o futuro”, afirmou.



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