Bem vindo ao CanalNoite A Sua Noite Passa por Aqui + de 20 anos no ar

Want to Partnership with me? Book A Call

Popular Posts

Dream Life in Paris

Questions explained agreeable preferred strangers too him her son. Set put shyness offices his females him distant.

Hot

Categories

Edit Template

A mercadoria viver


Qual o limite entre segurança e prazer de viver?

O viver como expressão de uso e usufruto do existir pode ser traduzido em muros altos?

O conforto de viver pode ter como sinônimo câmeras de vigilância a espreitar todos os movimentos?

Câmeras que, inibindo a espontaneidade de quem, receoso do flagrante, se impõe a rigidez de gestos e atitudes recomendados como “aceitáveis”.

O viver como o mínimo de sentido de viver pode ser desenhado em muros que isolam, individualizam, segregam?

Qual o limite entre manter-se seguro ante as violências que, produzidas historicamente, corroem e fragilizam a existência humana, e o viver cotidiano no contato com o outro que te cumprimenta ao cruzar a rua, no olhar da criança de rua que, sem nenhuma elaboração política e conceitual da violência, te estende a suja mão no apelo de uns trocados para o pastel que aliviará a fome de uma vida inteira.

O viver com plenitude pode ser encontrado em guaritas rigidamente construídas e onde seguranças anônimos e protegidos por coletes e armamentos, te guardarão de toda e qualquer manifestação de violência e insegurança?

Violência, dissecada de sua historicidade, e atribuída a indivíduos que, geralmente, trazem na cor da pele e no lugar de nascimento e moradia, os genes produtores dos atos e atitudes de maldade, agressividade, desrespeito, aviltamento.

E assim o viver, como a sua plenitude do ir e vir, do escancarar a janela apenas pelo deleite de inspirar luz solar e ar sem os limites e interditos de grades, do caminhar por ruas, becos, vielas sem os sobressaltos de cruzar com o outro que traz na cor da pele, na singeleza do vestir, na rusticidade do calçar, uma identidade “marginal”, vai se transformando em quimera, dissipada pelas tormentas de um modo de vida que, produtora da violência, a vende como mercadoria de alto preço.

E, transformando a violência em mercadoria transacionada em múltiplas quitandas e mercados, também o viver e, sobretudo, a segurança do viver, vai ganhando a formatação e a embalagem de mercadorias que, disponibilizadas no mercado, tem seus valores definidos pelo nível de medo e insegurança que o comércio da violência impõe e determina.

E, como tradução do viver bem, vendem-se lugares de viver, onde o que não existe é vida, mas somente vitrines que expõe tua segurança em condomínios fechados, em guaritas bem guarnecidas, em cercas elétricas, em circuitos de vigilância.

Tudo avaliado por preços de mercado, onde antes, tua segurança e teu viver também são marcados com os valores que o medo te alimenta.





Fonte da Notícia

Share Article:

Considered an invitation do introduced sufficient understood instrument it. Of decisively friendship in as collecting at. No affixed be husband ye females brother garrets proceed. Least child who seven happy yet balls young. Discovery sweetness principle discourse shameless bed one excellent. Sentiments of surrounded friendship dispatched connection is he. Me or produce besides hastily up as pleased. 

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Edit Template

About

Appetite no humoured returned informed. Possession so comparison inquietude he he conviction no decisively.

Recent Post

© 2024 Criado em 2004