Um engenho centenário no Distrito de Cuncas, no Barro (CE), abriga, hoje, a produção da cachaça Monte Alegre. O local já produziu rapadura, mel e todos os doce provenientes da cana de açúcar.
O agropecuarista Eldon Bandeira detalhou o passo a passo de como funciona o processo de produção da cachaça artesanal Monte Alegre. O agropecuarista está no ramo da produção artesanal há cerca de 12 anos e disse ser um sonho de criança.
“A gente tinha aquela vocação de criança e eu disse ‘eu quero fazer cachaça’, mas aqui a cultura de cachaça no Nordeste, principalmente no Sertão da Paraíba e do Ceará, tinha acabado. Aí eu fui a Minas Gerais aprender a fazer cachaça, fiz um curso no Centro Tecnológico da Cachaça e comprei o alambique”, disse.
Ele ressalta que priorizou comprar um ótimo maquinário para que sua produção e cachaça tivessem um ótimo padrão de produção.
“Fazemos o mesmo processo que qualquer cachaça desse país se faz, nós fazemos aqui em Cuncas, no município do Barro, Ceará. Ela leva o nome de Monte Alegre porque é minha terra, meu lugar, onde meu pai nasceu, onde nos criou”, destaca Eldon.
Carlos Eduardo, técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará, falou da atuação da empresa junto a produção da Monte Alegre e destacou que a cachaçaria é promissora e inédita na região.
“Um cara visionário, que está desenvolvendo uma cachaça excelente. Um bom conhecedor de cachaça, um bom degustador sabe o padrão de qualidade que esse produto possui. Estamos propondo a ele o melhoramento das instalações, com fluxo contínuo. Melhoramento das condições de higiene sanitária, não que aqui não exista, mas vamos aprimorar, melhorar as estruturas, a parte documental, fazer o registro junto ao Ministério da Agricultura, na área de bebidas, para que ele possa comercializar e expandir seus negócios”, falou Carlos Eduardo ao Diário do Sertão.
