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Machismo e assédio também ocorrem no montanhismo – 01/06/2023 – É Logo Ali


Você, mulher montanhista, que já passou por vários perrengues em trilhas e montanhas desse mundão afora, sabe bem que um deles, pelo menos, é uma desagradável e constante prerrogativa de nosso gênero: o assédio. Desde o comentário idiota do coleguinha que sobe logo abaixo da mesma cordada e acha engraçado comentar como certas partes de seu corpo estão gostosas (!) até a cobrança de “pedágio” sexual em troca de um convite para um fim de semana na natureza, no escurinho da barraca.

Claro que, como em todos os ambientes sociais, o machismo é minimizado, quando não totalmente contestado —pelos homens. Mas basta meia hora de conversa com mulheres que praticam o esporte para perceber que a difundida cordialidade entre pares não é nem tão cordial, nem tão paritária quanto quer se mostrar.

A recente premiação de quatro mulheres entre as sete categoriais do Troféu Mosquetão de Ouro, considerado o Oscar do montanhismo brasileiro, poderia passar uma impressão diferente, mas as próprias premiadas admitem que não é bem assim.

Para a vencedora da categoria Altas Montanhas, Thais Cavicchioli Dias, nem com a maior das boas vontades se pode afirmar que o montanhismo está deixando de ser machista. “Durante todo o meu projeto, enfrentei muito machismo, tanto no planejamento como já no Nepal, com comentários do tipo ‘que absurdo uma mulher fazer algo assim sozinha’, homens que tinham feito parte do que eu fiz mas foram com sherpas, diziam que eu não poderia fazer sem apoio, minimizavam meu feito”, conta.

O que Thais vê como mudança positiva é a conquista de uma visibilidade maior pelas mulheres. “Não é que antes elas não faziam isso, mas que não eram vistas, não eram comentadas, não tinham espaços para acontecer”, avalia.

Jordana Agapito, que levou o mosquetão por Escalada Esportiva, concorda e lembra que, há 11 anos, quando começou no esporte, no grupo do qual participava, em Goiânia, só havia uma mulher além dela. “A gente vem ganhando força, se uniu para indicar mulheres para o Mosquetão, que sempre foi majoritariamente masculino, e claro que o feito merece ser celebrado como uma conquista de todas” , afirma.

“Quebrando barreiras, foi emocionante estar entre as mulheres maravilhosas que ganharam o premio esse ano, mudando o cenário de um mundo dominado por homens”, afirma Gisely Sousa, guia de montanha nos Estados Unidos há 18 anos e vencedora da categoria Escalada. Ela lembra que “nós, mulheres, lutamos por direitos iguais, e com essa conquista abrimos mais espaço para as próximas, mostrando que é possível conquistar todos os nossos sonhos”.

Essa realidade também vem sendo confirmada em números pela pesquisa que está sendo conduzida pela psicóloga e também montanhista carioca Giovanna Vicentini, 37, que mapeou o perfil de mulheres montanhistas no Brasil. O levantamento, oficialmente lançado nos grupos de WhatsApp e nas redes sociais no dia 8 de março passado (não por acaso o Dia Internacional da Mulher), revelou que, de um universo de 175 mulheres ouvidas, 55% afirmaram que sofreram algum tipo de assédio durante atividades de montanhismo.

“A pesquisa nasceu de um convite feito por amigas montanhistas para fazer uma palestra sobre esse tema”, conta Giovanna. “E, embora todos saibamos que essas situações acontecem, eu quis fazer um levantamento para embasar com dados objetivos a conversa porque é muito comum, quando conversamos sobre isso, as pessoas dizerem que isso não acontece nesse meio, que todo mundo aqui é de boa”, acrescenta.

A partir do que seria uma sondagem inicial restrita ao universo do Rio de Janeiro, onde vive a psicóloga, o processo se espalhou para outros estados e obteve respostas similares em São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia, que se mobilizaram para contabilizar o que antes só era comentado pelos cantos.

A partir dos dados já levantados, que mostram que as montanhistas brasileiras têm entre 31 e 45 anos (68% do total) e se declaram majoritariamente (71%) brancas, Giovanna pretende continuar o recorte para identificar em quais situações os assédios ocorrem com mais frequência e identificar algo que não apareceu nas respostas —a incidência de homossexuais e transgêneros no meio, “que tradicionalmente é visto como heteronormativo”, explica. E, a partir de todas essas informações, a intenção é elaborar materiais educativos que embasem o debate nos diversos fóruns de debates do meio, como clubes e eventos, mas também nas redes sociais.



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